Já me li inúmeras vezes
e ao ler a lida palavra, solta-se despregada
do sentido atendido à época.
Procurei, e mesmo assim não sei
se da procura que em ti busco
resulta inspirada a reflexão da luz ténue
que mesmo assim ofusco
na hilariante procura do veio, centrípeto,
do ser que não conheço e alimento.
Digo-me ao espelho:
se julgas que ao ler as tuas atoardas
o outro, de ti, em ti, por ti, sacia-se sedento,
és um jumento!
Sou aquilo que não sei,
menos que jumento não serei
e isso já me conforta.