domingo, 15 de junho de 2008

Livro III Poema 40

Eu quis que à Sorte e ao Azar e ao Destino a comandar,
por uma vez só, os planos lhes saíssem furados.
Percebi-lhes a estratégia, os fins e os métodos
e resolvi contrariá-los.
Instalou-se a discórdia e perderam o norte:
o Destino diz mal da Sorte e este do Azar.
Assim, calmamente, trilho o meu pensar alheio à confusão.
Se aqueles três não se entendem, apesar dos seus poderes,
porque insistes tu em prever, quando me lês e pensas que vês?



Joaquim Marques