Flúem os dias
Como a água do ribeiro
E eu vejo-os passar
Agarrado à esperança moribunda.
Não concebo
O fingir que não é,
Finjo então
A esperança incoerente
Dos dias que já passaram.
Joaquim Marques
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Hoje nada tenho para te dizer
Nada me ocorre de interessante
Não me apetece nem só um instante
Dirigir-te a palavra
Fiquemos então assim calados
Cada um no seu mundo
Cada qual com seus fados.
Lavei o meu pensamento com lixívia
Branqueei-te da minha memória
Foi assim que quis apagar-te da minha história.
Afinal sempre tinha algo para te dizer
A lixívia não fez totalmente efeito
De qualquer forma o nosso caso não tem jeito.
Joaquim Marques
Nada me ocorre de interessante
Não me apetece nem só um instante
Dirigir-te a palavra
Fiquemos então assim calados
Cada um no seu mundo
Cada qual com seus fados.
Lavei o meu pensamento com lixívia
Branqueei-te da minha memória
Foi assim que quis apagar-te da minha história.
Afinal sempre tinha algo para te dizer
A lixívia não fez totalmente efeito
De qualquer forma o nosso caso não tem jeito.
Joaquim Marques
domingo, 26 de agosto de 2007
O céu azul
O telhado escuro
A cor da imaginação
Deste amor tão puro.
Imagina assim:
O telhado transparente
E um céu vermelho,
Um ser violado
Na alma translúcida.
Imagina assim:
O entendimento do sol
Da nuvem e da chuva
E do telhado que transparece.
Imagina assim:
Com o céu azul
E o telhado escuro
A cor da imaginação
Deste amor tão puro.
Joaquim Marques
O telhado escuro
A cor da imaginação
Deste amor tão puro.
Imagina assim:
O telhado transparente
E um céu vermelho,
Um ser violado
Na alma translúcida.
Imagina assim:
O entendimento do sol
Da nuvem e da chuva
E do telhado que transparece.
Imagina assim:
Com o céu azul
E o telhado escuro
A cor da imaginação
Deste amor tão puro.
Joaquim Marques
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Relativiza, relativiza...
Deixa lá, não te apoquentes
Tu já sabias afinal
Que o ansiado encontro
Era o já esperado desencontro
Com a ponte pedonal
Suspensa entre as falésias
Do rio turbulento
Que te ocupa o pensamento.
Relativiza , relativiza...
Que este rio mais abaixo
Corre mansinho
Basta que sigas por outro caminho.
Joaquim Marques
Deixa lá, não te apoquentes
Tu já sabias afinal
Que o ansiado encontro
Era o já esperado desencontro
Com a ponte pedonal
Suspensa entre as falésias
Do rio turbulento
Que te ocupa o pensamento.
Relativiza , relativiza...
Que este rio mais abaixo
Corre mansinho
Basta que sigas por outro caminho.
Joaquim Marques
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Um dia cheio de nadas!
Os dias do meu desencanto
São os dias normais, contudo
Acontece-me nestes dias de tudo:
Milhares de quilómetros percorridos
Por estradas de terra batida
Com uma carga de laranjas secas.
E agora ao deitar
O balanço que te faço anunciar
É o balanço da compaixão
Das mil e uma frases sem razão
De tudo que foi fácil resolver
Do meu sorriso que te fez esquecer
A tristeza do meu olhar.
Nestes dias normalmente nem há luar
E as estrelas cintilam mais devagar
Olho pró escuro e não sei o que vai acontecer.
Mas amanhã outro dia vai nascer
Outro que não quero igual
A ti, dia banal
Para que sinta o meu olhar sorrindo
Por te ter conquistado
E ter valido a pena o meu enfado.
Se ao menos tu existisses
Se eu tivesse um amor
Fácil seria oprimir esta dor
Fácil seria suportar esta espera,
Mas não tenho, nem uma quimera!
Porque se tivesse, seria uma alegria
Nem que ele fosse uma fantasia.
Joaquim Marques
Os dias do meu desencanto
São os dias normais, contudo
Acontece-me nestes dias de tudo:
Milhares de quilómetros percorridos
Por estradas de terra batida
Com uma carga de laranjas secas.
E agora ao deitar
O balanço que te faço anunciar
É o balanço da compaixão
Das mil e uma frases sem razão
De tudo que foi fácil resolver
Do meu sorriso que te fez esquecer
A tristeza do meu olhar.
Nestes dias normalmente nem há luar
E as estrelas cintilam mais devagar
Olho pró escuro e não sei o que vai acontecer.
Mas amanhã outro dia vai nascer
Outro que não quero igual
A ti, dia banal
Para que sinta o meu olhar sorrindo
Por te ter conquistado
E ter valido a pena o meu enfado.
Se ao menos tu existisses
Se eu tivesse um amor
Fácil seria oprimir esta dor
Fácil seria suportar esta espera,
Mas não tenho, nem uma quimera!
Porque se tivesse, seria uma alegria
Nem que ele fosse uma fantasia.
Joaquim Marques
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Estás parva!
Vai chamar preguiçoso a outro!
Lá porque andas atarantada a mostrar que fazes muito
Achas-te a formiguinha do meu universo?
Já fiz as obrigações da próxima década
Agora quero ficar aqui a escrever-te em verso
O que acho da minha vida,
Da marca da minha pegada,
Do meu ser controverso
Nesta existência consentida.
Com e/ou sem tida
Em conta a tua opinião
Argumento pobre de razão
Ao adjectivares a minha vida
Conseguida
Por ter produzido muito e depressa
Para ficar mais tempo sem fazer nada.
És é uma invejosa!
Joaquim Marques
Vai chamar preguiçoso a outro!
Lá porque andas atarantada a mostrar que fazes muito
Achas-te a formiguinha do meu universo?
Já fiz as obrigações da próxima década
Agora quero ficar aqui a escrever-te em verso
O que acho da minha vida,
Da marca da minha pegada,
Do meu ser controverso
Nesta existência consentida.
Com e/ou sem tida
Em conta a tua opinião
Argumento pobre de razão
Ao adjectivares a minha vida
Conseguida
Por ter produzido muito e depressa
Para ficar mais tempo sem fazer nada.
És é uma invejosa!
Joaquim Marques
terça-feira, 21 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
A ti, amiga d'além mar
Que te posso dizer amiga
Para além do que estás disposta a ouvir?
Que te podem os outros fazer
Se não deixas essa paixão partir?
Choras o vinho azedo e turvo
Nessa garrafa de cristal
A garrafa é tão bonita
Que só falta despejá-la do mal
Lavá-la com água e sal
Deixá-la ao sol a secar
Para que outro amor possa entrar!
Aceitas fazer a transfusão?
É simples, não dói
E é o que precisa o teu coração.
Joaquim Marques
Para além do que estás disposta a ouvir?
Que te podem os outros fazer
Se não deixas essa paixão partir?
Choras o vinho azedo e turvo
Nessa garrafa de cristal
A garrafa é tão bonita
Que só falta despejá-la do mal
Lavá-la com água e sal
Deixá-la ao sol a secar
Para que outro amor possa entrar!
Aceitas fazer a transfusão?
É simples, não dói
E é o que precisa o teu coração.
Joaquim Marques
domingo, 19 de agosto de 2007
Tudo e todos são muito importantes
Até deixarem de o ser
É assim que funciona o meu querer
Desinteressado,
Livre,
Desapegado.
É assim que termino uma discussão:
Dou-lhe razão, mesmo sem a ter
E fica sem argumentos
Momentaneamente fica com a sua atenção
Reduzida aos seus pensamentos
E eu vou-me embora
Sigo o meu caminho.
E ele fica a falar sozinho.
Joaquim Marques
Até deixarem de o ser
É assim que funciona o meu querer
Desinteressado,
Livre,
Desapegado.
É assim que termino uma discussão:
Dou-lhe razão, mesmo sem a ter
E fica sem argumentos
Momentaneamente fica com a sua atenção
Reduzida aos seus pensamentos
E eu vou-me embora
Sigo o meu caminho.
E ele fica a falar sozinho.
Joaquim Marques
sábado, 18 de agosto de 2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Podia morrer agora
Morreria feliz
Por te ter finalmente ao meu lado.
Nada mais me importa
Nem nada do que até então fiz
Queria morrer vivendo como um petiz
Vivendo este sonho real
Que é amar-te até ao dia do julgamento final
Amar-te eternamente.
Amar-te acima de tudo
É a razão da minha existência
Porque morto estive eu na tua ausência.
Joaquim Marques
Morreria feliz
Por te ter finalmente ao meu lado.
Nada mais me importa
Nem nada do que até então fiz
Queria morrer vivendo como um petiz
Vivendo este sonho real
Que é amar-te até ao dia do julgamento final
Amar-te eternamente.
Amar-te acima de tudo
É a razão da minha existência
Porque morto estive eu na tua ausência.
Joaquim Marques
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Frenética
A música que ouço
Provoca em mim um não sei quê
Que não posso explicar.
Flúem os dias como a música.
Agitam-se os sentidos
À procura de algo que não sei.
Existiu? Existirá…?
Será que? – ter a certeza
É pior que viver num mundo incerto.
Sinto uma opressão em mim.
Frenética
Esta música que ouço
Faz-me sentir…
Tu não sabes amigo. Não,
Tu nunca gritaste loucura,
Nem ontem, nem hoje, nem…
- Só gritaste…
…Não me compreenderás!
E continua a música,
Frenética,
Desenvolve em mim um ser.
Já não sou seu!
Que terá acontecido? Aconteceu… (?!)
Passo, não passo… passarei?
Não faz mal,
Agora prefiro cheirar a rosa,
Banhar-me a mim e a ela
Na incerteza
Que impera em cada gota de água.
Adoro a água.
E esta música sempre
Frenética,
Faz-me lembrar algo a acontecer:
Notas, notas… notas…
gritai comigo:
Quero ficar aqui, assim
Embriagado na noite,
Bebendo música sempre
Freneticamente
Como ao ritmo que toca.
Joaquim Marques
A música que ouço
Provoca em mim um não sei quê
Que não posso explicar.
Flúem os dias como a música.
Agitam-se os sentidos
À procura de algo que não sei.
Existiu? Existirá…?
Será que? – ter a certeza
É pior que viver num mundo incerto.
Sinto uma opressão em mim.
Frenética
Esta música que ouço
Faz-me sentir…
Tu não sabes amigo. Não,
Tu nunca gritaste loucura,
Nem ontem, nem hoje, nem…
- Só gritaste…
…Não me compreenderás!
E continua a música,
Frenética,
Desenvolve em mim um ser.
Já não sou seu!
Que terá acontecido? Aconteceu… (?!)
Passo, não passo… passarei?
Não faz mal,
Agora prefiro cheirar a rosa,
Banhar-me a mim e a ela
Na incerteza
Que impera em cada gota de água.
Adoro a água.
E esta música sempre
Frenética,
Faz-me lembrar algo a acontecer:
Notas, notas… notas…
gritai comigo:
Quero ficar aqui, assim
Embriagado na noite,
Bebendo música sempre
Freneticamente
Como ao ritmo que toca.
Joaquim Marques
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
terça-feira, 14 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
domingo, 12 de agosto de 2007
sábado, 11 de agosto de 2007
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Ainda só passaram trinta dias
E parece que já lá vão trinta décadas.
Aqui, ou o tempo passa devagar
Ou foi a nossa viagem no tempo do tempo
Em que nos fizemos transportar
Que fez ao tempo da Terra parecer andar devagar.
Por este andar,
Não te admires que a propalada eternidade
É o tempo da nossa vontade
E que a este ritmo alucinante
Fará de cada dia uma nova década
Sempre que o nosso sentir se mantenha assim constante.
Joaquim Marques
E parece que já lá vão trinta décadas.
Aqui, ou o tempo passa devagar
Ou foi a nossa viagem no tempo do tempo
Em que nos fizemos transportar
Que fez ao tempo da Terra parecer andar devagar.
Por este andar,
Não te admires que a propalada eternidade
É o tempo da nossa vontade
E que a este ritmo alucinante
Fará de cada dia uma nova década
Sempre que o nosso sentir se mantenha assim constante.
Joaquim Marques
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
domingo, 5 de agosto de 2007
Só
Vivo-te, sinto-te, amo-te só
Esmago-me em pó
Faço do meu sentir o que ao grão faz a mó
Mói, corrói, dói e encanta, transforma-me numa balada em dó
Sustenido, quanto solto um gemido, um só
E depois suspiro fundo, inspiro todo o ar do mundo, aspiro-te o pó
Que te cobre o rosto emoldurado , porque o teu corpo que já só
Imagino fosco, entregue a outro, que te deseja sem dó
Nem piedade, exibir-te em sua vaidade, que até mete dó.
E agora só
A tua lembrança, enche-me de esperança de estar enfim só
Contigo no nosso futuro, breve, sem esta rima do ó.
Joaquim Marques
Vivo-te, sinto-te, amo-te só
Esmago-me em pó
Faço do meu sentir o que ao grão faz a mó
Mói, corrói, dói e encanta, transforma-me numa balada em dó
Sustenido, quanto solto um gemido, um só
E depois suspiro fundo, inspiro todo o ar do mundo, aspiro-te o pó
Que te cobre o rosto emoldurado , porque o teu corpo que já só
Imagino fosco, entregue a outro, que te deseja sem dó
Nem piedade, exibir-te em sua vaidade, que até mete dó.
E agora só
A tua lembrança, enche-me de esperança de estar enfim só
Contigo no nosso futuro, breve, sem esta rima do ó.
Joaquim Marques
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
COMENTÁRIOS
Dos inúmeros comentários que foram feitos neste blog e dos que me vão continuando a chegar agora por e-mail, resolvi relê-los e publicá-los num novo blog. Nesta nova janela vou homenagear os leitores que me enviaram os seus comentários. Quer pela simpatia, pelo conteúdo, pela ousadia literária, são peças poéticas que valem por si mesmas.
Inverteram-se os papeis, agora o poeta passa a comentador dos textos recebidos. E quem quiser, e tiver coragem, e se identifique, pode neste novo blog comentar o comentário.
Vamos brincar ao jogo do rato que mordeu no gato?
Convido-os a visitar http://comentariosinteressantes.blogspot.com/.
Inverteram-se os papeis, agora o poeta passa a comentador dos textos recebidos. E quem quiser, e tiver coragem, e se identifique, pode neste novo blog comentar o comentário.
Vamos brincar ao jogo do rato que mordeu no gato?
Convido-os a visitar http://comentariosinteressantes.blogspot.com/.
Bem hajam todos vós leitores amigos.
Joaquim Marques
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