quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Um dia cheio de nadas!
Os dias do meu desencanto
São os dias normais, contudo
Acontece-me nestes dias de tudo:
Milhares de quilómetros percorridos
Por estradas de terra batida
Com uma carga de laranjas secas.
E agora ao deitar
O balanço que te faço anunciar
É o balanço da compaixão
Das mil e uma frases sem razão
De tudo que foi fácil resolver
Do meu sorriso que te fez esquecer
A tristeza do meu olhar.
Nestes dias normalmente nem há luar
E as estrelas cintilam mais devagar
Olho pró escuro e não sei o que vai acontecer.
Mas amanhã outro dia vai nascer
Outro que não quero igual
A ti, dia banal
Para que sinta o meu olhar sorrindo
Por te ter conquistado
E ter valido a pena o meu enfado.

Se ao menos tu existisses
Se eu tivesse um amor
Fácil seria oprimir esta dor
Fácil seria suportar esta espera,
Mas não tenho, nem uma quimera!
Porque se tivesse, seria uma alegria
Nem que ele fosse uma fantasia.

Joaquim Marques