Só venho uma vez ao ano
E não venho ao engano
Tratar do meu pensar insano
Em rimas de lírica pura sem ser puritano.
Quem me lê, não se revê...
E ainda bem, meu bem!
Quando eu sozinho sou mais alguém
Fujam de mim ou fiquem à mercê.
Há dias que parecem semanas
Vidas ao avesso, tudo em pantanas
Cenários encenados de presentes no passado
Como castelos de granito trabalhado.
E aqui chegado vou-me embora
A mente está lavada e o coração nem chora...
Joaquim Marques AC