sexta-feira, 2 de março de 2012

Delírios

Está frio, Adriana
não me sentes ao arrepio
do tempo presente que desfio
horas a fio contigo deitado na cama?
Encosta o teu corpo ao meu
faz de conta que não sou eu
este frio que de mim emana
querida Adriana
arrefece-me o pensamento
deixo o tempo correr até anoitecer
em delírios febris sonhados a besuntar-me de lama
num clima tropical onde o calor é intenso
e só preciso de ti para sobreviver.
Estamos ambos frios,  apagou-se a chama
há uma nuvem a tapar-nos o Sol, Adriana
acende o candeeiro, pode ser que assim a paixão não arrefeça
o tempo pare e o amor aconteça.