Aquela voz silente, de dentro emergente
Que me avisa dum assunto candente
A paragem definitiva do coração?
Bato-te à porta, sabendo que não estás
Mas insisto, se tens intuição, ouvirás.
Não me assusta o ter que morrer
Quando for, que seja, o que tem mesmo que ser
Não gostaria é que fosse abandonado
Caído na valeta, inanimado
Tão pouco o queria assistido e entubado
Mas, a acontecer, o que o meu ser almeja
É que o fim aconteça e no teu colo eu esteja.
Joaquim Marques AC