segunda-feira, 9 de junho de 2008

Livro III Poema 36

Aquilo que escrevo sobre uma alma vazia
sem chama nem fantasia
em certos momentos de determinados dias
é a resposta coerente que merece o indigente
quando apela à dádiva alheia de mão estendida.
Uma esmola é tanto de nada
não ma peças, não ta dou, deixa que siga a minha estrada
indiligente já eu estou, se partilho contigo pioro o teu castigo
deixa-me alma penada subir aquela escada
ali em cima nem todos me vêm e ninguém me alcança.


Joaquim Marques