Às vezes tenho vergonha de escrever
Mas gostava tanto de ser diferente
E descobri que não ser igual a toda a gente
É ser analfabeto, iletrado e tudo desconhecer.
Prolifera com a Internet, por todo o mundo
A abundância das oportunidades
É a democratização da feira das vaidades
Nos textos e linhas sobrepostas sem sentido profundo.
Eu tenho plena consciência
Que o que escrevo e o que penso
É lixo, e ninguém terá paciência
De os ler, muito menos de os copiar
Estes textos pobres que deixo em suspenso
Até que a lucidez me abençoe e deixe de os publicar.
Joaquim Marques