terça-feira, 25 de setembro de 2007

Agora, agorinha mesmo
A vontade que eu tenho de tomar um café
Dos meus, daqueles me enchem a boca
Dum sabor inigualável
É neste momento,
A vontade de mascarar
A minha desilusão atroz,
De escrever tudo diferente do que sinto
É assim que me minto
Quando me socorro do improviso
Para te falar do que penso de ti.
Penso-te normal, igual, vulgar
Petulantemente vulgar.
É melhor ir tomando logo a bica
Não a deixar arrefecer
Se não ainda me vou arrepender
De te contar a verdade:
O meu café tem muito mais corpo
É mais intenso
Que a tua personalidade vazia.



Joaquim Marques