segunda-feira, 2 de julho de 2007

Preguei uma partida a mim mesmo
Uma mentirinha muito pequenina...
Não havendo mais nenhum ser por perto
Pus-me à frente do espelho
E perguntei àquele ser parecido comigo,
Seria eu por certo,
Se era a vista direita que eu apontava
E apontei para a vista seleccionada
E ele, naquele ar altivo, imitador de convicção reputada
Apontou para a vista errada
A esquerda não tinha sido a seleccionada.
Quis-me enganar...
Pedi-lhe então que esperasse ali por mim
E dei meia volta
Saí da frente do espelho.
E nunca mais lá voltei.
O coitado ainda lá deve estar à minha espera.



Joaquim Marques

2 comentários:

CMondim disse...

seu brincalhão :)

Anónimo disse...

Como é difícil enfrentarmos a nós mesmos...
Lutar contra um fantasma que nunca sai de perto...
Provar para si que é bom...
É uma luta desigual...
Não sabemos o que nossa sombra pensa...ou que quer...só sentimos
Portanto nos tornamos incansavelmente despidos de armas...
Se ferir...estaremos ferindo a nós....se não lutar..seremos um fracasso de nós.....
Então...o que nos resta....?
Abandonar o fantasma seguir em frente sem olhar prá traz... ou viver sempre a mercê da sua bel vontade....?
Queremos provar algo?
Ou apenas queremos ser nós mesmos?
Só saberemos quando escolhermos algum caminho ...

Te adoro...