sexta-feira, 20 de abril de 2007

Há alturas
Em que me embebedo
Em pensamentos
Sucessivos e diferentes
E ricos de uma mística própria.
Então,
Quando dou por mim
Esboço um sorriso leve
E sinto-me solto e suspenso
Por entre forças diferentes
Que me suportam nesse momento.
Não sei fazer análises críticas
A estes curtos momentos.
Abandono-me a mim mesmo
E acontece a observação
Sobre o que de mim desconheço.
Gosto destes momentos raros
Em que me aprendo
Sem nunca encontrar a definição
Do meu ser a evoluir.



Joaquim Marques

3 comentários:

Anónimo disse...

Embebedas-te em pensamentos...
É o teu ser a evoluir!

Esboças um sorriso...
É o ter ser a evoluir!

Sentes-te solto...
É o teu ser a evoluir!

Observas o que de ti desconheces...
É o teu ser a evoluir!

Gostas dos momentos
Em que te aprendes...
Apesar de raros...
É o teu ser a evoluir!

Essas alturas são raras...
Esses momentos são curtos...
É, contudo, o teu ser a evoluir!

Todas as forças diferentes
Entre as quais te sentes suspenso
Fazem o teu ser evoluir!

Não precisas
De encontrar a definição...
O teu ser continuará a evoluir!

Só precisas
De continuar a sorrir...
De te sentires solto e suspenso...
De te observares e te conheceres...
De não deixares de te aprender...
Nem que seja por curtos momentos...

O teu ser continuará a evoluir!

Isa

Anónimo disse...

Que hei-de fazer se as coisas são feitas para serem vividas, vistas, ouvidas, saboreadas… sentidas?
Todas elas têm um tempo exacto para se viver, para se ver, para se ouvir, para se saborear, para se sentir. Fazendo crescer o que somos, cá dentro, vamos enchendo o saco da memória.
De nada vale associar uma e outra vez se a primeira já gravou o momento. Alterou o pensamento. Fez crescer.

É assim com as músicas. As músicas, que nos ligam a pessoas, fazendo-nos recordar delas. Que nos trazem os momentos, os cheiros, os lugares. É inevitável.
E todas elas têm o seu tempo.
Porque ligações já foram feitas e além de palavras, consomem-se sons. Gritam-se, dançam-se, guardam-se sons.

Anónimo disse...

CARVÃO

Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você

O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você

No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixe aqui e solta a minha mão
Eu fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer
Quem é você?

DE Ana Carolina(CANTORA)

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