Só tenho um compromisso
é com o tempo
deixá-lo passar
sem qualquer lamento.
Joaquim Marques AC
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Quando vieres
Já não me vais encontrar
Nem o abraço que me deres me vai ressuscitar.
Eu fui aquele que conheceste
Mas a aparência que vou demonstrar
Não é a da mesma pessoa.
Hoje sou como um cipreste
Que ornamenta o lugar do morto
Mas que se recusa a crescer verde e torto
Por isso estou alto e esguio
Para fugir aos lamentos
Dos que me visitam com fastio.
Quando me sentires assim
Não queiras mais uma vez fugir de mim.
Aceita-me diferente
Igual a toda a gente
E tenta imaginar como foi difícil ficar
Preso a este lugar
Movendo-me ao sabor do vento
Tudo isto para te provar
Que é possível um novo entendimento
Enraizado nesta espera
Com vontade de te voltar a abraçar.
Morri
Por ti e pela recordação
Pelo silêncio
E pelos lamentos do meu coração.
Morri... vivo de outra forma
Vivo enquanto se forma
O esqueleto do meu novo pensamento
Que não deseja mais passar pelo tormento
De te ouvir lá longe
Como um lamento.
Quando vieres
Abraça-me só uma vez
E tenta ser cortês
Comigo e com a minha presença.
Quando me abraçares
Peço-te que o faças levemente
E então
Compreenderás
Que eu estou diferente.
Mas ao sentires o meu coração
Saberás que mesmo assim
Vou te amar eternamente.
Joaquim Marques Cruz
Já não me vais encontrar
Nem o abraço que me deres me vai ressuscitar.
Eu fui aquele que conheceste
Mas a aparência que vou demonstrar
Não é a da mesma pessoa.
Hoje sou como um cipreste
Que ornamenta o lugar do morto
Mas que se recusa a crescer verde e torto
Por isso estou alto e esguio
Para fugir aos lamentos
Dos que me visitam com fastio.
Quando me sentires assim
Não queiras mais uma vez fugir de mim.
Aceita-me diferente
Igual a toda a gente
E tenta imaginar como foi difícil ficar
Preso a este lugar
Movendo-me ao sabor do vento
Tudo isto para te provar
Que é possível um novo entendimento
Enraizado nesta espera
Com vontade de te voltar a abraçar.
Morri
Por ti e pela recordação
Pelo silêncio
E pelos lamentos do meu coração.
Morri... vivo de outra forma
Vivo enquanto se forma
O esqueleto do meu novo pensamento
Que não deseja mais passar pelo tormento
De te ouvir lá longe
Como um lamento.
Quando vieres
Abraça-me só uma vez
E tenta ser cortês
Comigo e com a minha presença.
Quando me abraçares
Peço-te que o faças levemente
E então
Compreenderás
Que eu estou diferente.
Mas ao sentires o meu coração
Saberás que mesmo assim
Vou te amar eternamente.
Joaquim Marques Cruz
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Reclamação
Que se dane a poesia
escreva eu com mais ou menos mestria
isto não dá, nem para comer...
hoje, na rua Augusta, a descer
do Rossio ao terreiro do Paço
fiz três paragens a ver três artistas de rua
muitos transeuntes, alguns nem abrandavam o passo
mas muitos, como eu, aplaudíamos a arte sua
com uma moedinha na cesta.
Aqui, na internet, a maior rua do mundo
tenho clientes fieis, diários, devem gostar do que faço
não deixam é moedinhas... dinheirinho para comprar os feijões
sim, que isto de viver da poesia é só ilusões
tenho pensado nisto, pensado nos leitores, pensado só cá com meus botões
hoje, não quero escrever poesia, escrevo-vos reclamações.
Joaquim Marques
escreva eu com mais ou menos mestria
isto não dá, nem para comer...
hoje, na rua Augusta, a descer
do Rossio ao terreiro do Paço
fiz três paragens a ver três artistas de rua
muitos transeuntes, alguns nem abrandavam o passo
mas muitos, como eu, aplaudíamos a arte sua
com uma moedinha na cesta.
Aqui, na internet, a maior rua do mundo
tenho clientes fieis, diários, devem gostar do que faço
não deixam é moedinhas... dinheirinho para comprar os feijões
sim, que isto de viver da poesia é só ilusões
tenho pensado nisto, pensado nos leitores, pensado só cá com meus botões
hoje, não quero escrever poesia, escrevo-vos reclamações.
Joaquim Marques
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