terça-feira, 30 de novembro de 2010

E que te dizer, amigo
Para além de tudo o resto?!
Sonhar é para o que presto
Sem aulas, sem preparação, só de ouvido, por intuição
Fugindo assim dum sentir que carrego comigo
De que a minha vida é uma merda, uma ária que fui compondo.
Que discordas, sei bem, sei-te e sei de mais alguém
Olhares de fora, olhares que vos convém
Do que vos mostro quando vos escondo
A algibeira rota, sem vintém.

Joaquim Marques AC

domingo, 14 de novembro de 2010

Escuro como breu

Cumpro pena. Estou prisioneiro na solitária domiciliária cárcere construída por mim. Construí um jazigo e nele este túmulo para usar em vida. Logo após a libertação irei tornar-me guia turístico, sem poiso nem destino e se, por acaso, passar por aqui, deixarei em cima do telhado uma flor de luz.