sábado, 14 de fevereiro de 2009

Livro IV Poema 06

Não nos confundas!
Eu sou um marujo de águas rasas
do meu ribeiro não chegarei ao mar
nem a minha barca irá alcançar a outra margem
estou preso à barca e ela a mim e ambos assim
gostamos de estar
deste lado da margem
sem corrente, sem forças que nos levem de arrasto.
Portanto não nos confundas
há mais Joaquins a navegar
noutras águas
mais fundas
noutros rios tão grandes que se confundem com o mar.

Joaquim Marques AC