sexta-feira, 30 de maio de 2008

livro III Poema 34

Liberdade no deserto
Prisão no tempo do tempo incerto.

Dez anos não é muito tempo
Mas percorrê-lo, encarcerado, foi um tormento
Suportar a liberdade preso ao pensamento
Dói, mói, e já não aguento
Libertar-me das mossas do tempo.

Rosa Vermelha que desabrochaste no meu deserto
Perfuma a minha existência antes do finar que tenho certo.
Reinvento-me beija flor, mil movimentos por segundo
Para quedar preso à tua frente qual Lua presa ao teu Mundo.

Joaquim Marques