quinta-feira, 3 de abril de 2008

Livro III Poema 18

É a revolta que eu sinto
É a amargura pela desventura
É a vez de estar à altura
Da sorte verdadeira porque não minto.

É a lágrima que se forma no canto do olho
É a emoção contida, reprimida
Pela altivez da verdade
Que me acompanha de longe
É a vida de quem sabe que só conta consigo.

É revolta e determinação
É ânimo e compaixão
É ter-te perto do meu coração
É sentir a vida em solidão.

E só, rodeado de mim
Não deixarei até ao fim
Que me manchem a reputação.
Ai como preciso de quem me dê a mão!

Joaquim Marques