quarta-feira, 14 de março de 2007

Que devo eu fazer
Amiga
Nestas alturas de pensamentos perdidos?
Pensar a vida:
Pequenos momentos de disputa desmedida
Das ideias,
Do parecer que não é ao nosso querer;
Pensar nesta garganta
Donde a pequenina voz
Já sem forças ainda se levanta;
Pensar a incógnita
Deste querer de justiça activa;
Pensar que de repente sou uma ave:
Que devo eu fazer?
- É difícil aprender a voar!



Joaquim Marques

3 comentários:

Anónimo disse...

Voar... é isso!
Eu acredito que tu vais conseguir voar...voar bem alto!
Isa

Anónimo disse...

Quim,
Um leigo pensaria que,
para criar,
é preciso a inspiração aguardar.
É um erro.
Basta a certeza de sermos ouvidos,
entendidos.
Basta saber que sós não estamos.
É bem mais leve o acto de reaprender o voo
na imaginação.
Ela, não é mais
do que o primeiro estado
de nossas ideias.
Amigo, que a imaginação absorva
muito
para que o pensamento
tenha bastante.
Beijo,
:)

Anónimo disse...

Garganta

Minha garganta estranha quando não te vejo

Me vem um desejo doido de gritar
Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar
Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar
Venho madrugada perturbar teu sono
Como um cão sem dono me ponho a ladrar
Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar
Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar
Sei que não sou santa, as vezes vou na cara dura
As vezes ajo com candura pra te conquistar
Mas não sou beata, me criei na rua
E não mudo minha postura só pra te agradar
Mas não sou beata, me criei na rua
E não mudo minha postura só pra te agradar
Vim parar nessa cidade, por força da circunstância
Sou assim desde criança, me criei meio sem lar
Aprendi a me virar sozinha,e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar
Aprendi a me virar sozinha
e se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar(cantora Ana Carolina)